sexta-feira, 13 de junho de 2008

A moda está em todos os grupos


Bruna Amorim

Os gostos musicais, formas de se vestir, pensar, a moda escolhida para seguir, defesas de pensamentos e pontos de vista diferentes sobre os assuntos. Essas são algumas das características que diferenciam as pessoas, mas que as reúne em diferentes grupos. O funkeiro, rockeiro, a patricinha, o hippie, enfim, uma infinidade de tendências e pensamentos presentes em todos os lugares e que assumem uma postura que os identificam socialmente.


Grunge e os Rockeiros
Roupas, acessórios e a forma de pensar e de agir identificam cada tribo. Os grunges, os emos, rockeiros, por exemplo, vestem-se sempre com trajes escuros. “Estar de preto e cheio de piercings, não são mais características de um único grupo, acho que é mais uma identificação cultural”, afirma Pedro Fasura, 18 anos, que se denomina um rockeiro nato, ou melhor, um grunge, dos dias de hoje. Ele explica, ainda, que cada grupo tem uma forma de pensar diferente do outro. “No meu caso, o que mais diferencia é o estilo da roupa. O mais prático possível”, completa.

Emo
Apesar da semelhança pelo gosto de roupas pretas, o cabelo, assim como as posturas, são diferentes nos dois grupos: os emos são conhecidos pelo cabelo liso, a franja para o lado e até mesmo maquiagem no rosto. Já os grunges adotam cabelos longos, mas, de preferência, despenteados. “É uma forma de mostrarmos que não estamos nem aí, temos nosso estilo e não incomodamos ninguém”, afirma Pedro, destacando que nem mesmo a roupa preta dos dois é, assim, tão semelhante. “Eles se arrumam, e nós, colocamos uma blusa de alguma banda de rock que gostamos e estamos prontos”.


Gostos
Entre as bandas grunge, estão Silverchair e Ramones, por exemplo. O estudante RP, de 23 anos e que não quis se identificar, afirma que a tribo emo é recente e conseguiu reunir aqueles que, como ele, achavam semelhanças com o grunge, mas que não se identificava por completo. “Não é homossexualidade, como muitos gostam de classificar esse grupo, mas sim vaidade. Gostamos de nos arrumar como uma forma de expressão”, afirma o estudante. Franja caída no rosto, uma infinidade de acessórios e muita vaidade e carinhos. O grupo dos emos se destaca, principalmente, durante o dia por conta da moda adotada. “Chamamos a atenção com o nosso estilo. No requisito música, gostamos de My Chemical Romance, Simple Plan, ForFun, entre muitos outros”, conclui RP.

Patricinhas
Saindo do rock e entrando em um estilo mais barbie, estão as patricinhas, tribo oposta à do rock. Com roupas que seguem a moda fashion e cabelos escovados, essa tribo feminina já é muita conhecida. Ligadas na atualidade e sempre arrumadas é uma tribo cor de rosa e com muito brilho. A estudante Márcia F., explica que ser patricinha não significa ser superficial, como muitos gostam de denominar. “Temos nossos gostos pessoais, gostamos de sair pra dançar em boates, jantar e ir a bares, como muita gente. Acho que o que nos diferencia, é a vaidade do grupo”, afirma Márcia.


Hippie Chique
A vaidade existe em todas as tribos, mas que se manifestam e seguem uma moda diferente. Parecidas com elas, estão as hippies chiques que, como o próprio nome afirma, são as já conhecidas hippies, mas com um estilo diferente do conhecido. Para Marina K., que se identifica como sendo dessa tribo, é um estilo zen, descontraído e que prega, totalmente, a liberdade. “Gostamos do que é livre, assim como é o nosso desejo o ser. Temos nossos hábitos, meio naturebas. Preferimos uma viagem para o meio do mato, com acampamento, do que estar dentro de boates lotadas”, afirma Marina que diz que o termo chique é referente à roupa que usam. “Sómos zen mas vaidosas e usamos muitas cores ”, completa rindo. Nos gostos musicais há muito reggae e música popular brasileira.

Tribos recentes
São muitas as tribos presentes, o funk com a batida de música forte e muita sensualidade, os surfistas, além dos ligados em muitos exercícios, sempre em academias, e os esportistas. Também há pessoas que se identificam com todas elas ou que tenham uma característica individual. Aceitar tendências está e nunca saiu de moda. “Alimentar preconceitos contra estilos diferentes é idiota”, conclui o rockeiro Perdo Fasura.

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