sexta-feira, 28 de março de 2008

Moda sustentável


Matéria tirada da revista Boa Forma (Por Astrid van Rooy, Leila Macedo e Mariliz Pereira Jorge)

A onda ecofashion, como vem sendo chamada lá fora, está começando a ocupar papel de destaque no cenário da moda, principalmente porque deixou de ser produzida por marcas desconhecidas e ganhou etiqueta de grifes renomadas. Não é de hoje que a indústria tenta encontrar um jeito de produzir peças que não explorem os recursos naturais de forma predatória, mas só recentemente tornou-se possível fazer roupas que caíssem no gosto do consumidor e aliassem palavras tão dissonantes como design, tecnologia e ecologia. Agora, as três foram parar na mesma máquina de costura.

Orgânico
Orgânico é outra palavra de destaque nesse segmento. Primeiro foram os alimentos e agora serve também para tratar as fibras que se transformam em tecidos. Para serem classificados como orgânico, algodão, juta e bambu devem ser produzidos sem o uso de inseticidas ou pesticidas. Para ter uma idéia do que isso significa, o cultivo de algodão pelo sistema convencional consome um quarto do inseticida produzido no mundo. Na versão orgânica, alguns agricultores usam água reciclada nas plantações para diminuir ainda mais o impacto ambiental.

Reciclagem
A maior novidade, no entanto, são as roupas produzidas com material reciclável. Aqui, as estrelas são a garrafa PET, transformada em tecido, e o pneu, que vira solado de sapato. E, na bijoux, destaque para a ma-deira de reflorestamento. Veja opções descoladas para você entrar na onda.


MATERIAL ALTERNATIVO COM BANHO DE TECNOLOGIA

Algodão orgânico
É cultivado sem o uso de pesticidas, fertilizantes químicos e reguladores do crescimento. Para ser 100% orgânico, no processo de tingimento devem ser usados pigmentos naturais.

Fibra de bambu
Planta de crescimento rápido, o que significa que é altamente renovável. Se reproduz em abundância sem o uso de pesticidas e fertilizantes. Sua fibra é naturalmente antibactericida, biodegradável e extremamente macia. Tem característica termodinâmica, deixa a peça fresca no verão e mais quente no inverno.

Garrafas PETO
Plástico reciclado é transformado em fibras que produzem um tecido forte, mas macio. Em geral, elas são combinadas com algodão, que dá um toque ainda mais confortável.

Juta
Com aparência semelhante a do linho, é plantada na região amazônica, sem nenhum impacto ambiental. É preciso apenas água para o seu cultivo, sem a necessidade do uso de agrotóxicos. Além disso é biodegradável.

Tendências do verão 2008 continuam em alta neste inverno


Simone Saltiel
Sabe aquela sua roupa linda do verão ou aquela roupa maravilhosa que estava na vitrine na promoção? Se você não resistiu e acabou comprando mesmo não sendo mais a estação dos 40º e agora fica pensando se vai realmente usá-la nessa estação, fique tranqüila. Quase tudo que esteve em alta no verão poderá ser reaproveitado no inverno. Saias curtíssimas, shorts, macaquinhos, jeans justos, sandálias, sapatilhas, regatas, tudo isso será reutilizado. Claro, com toques típicos de inverno. As cores vibrantes como o roxo, amarelo, vermelho e laranja também continuam em alta.

Mesclando
As sobreposições continuam em alta mesclando tecidos e dando um visual moderno e bonito. Se engana quem está achando que aquele macaquinho super bonito, curtíssimo e decotado que foi comprado no verão vai ficar guardado no fundo do armário, pois com uma meia-calça mais grossa e um sobretudo ou um casaquinho de moletom mais certinho no corpo, ele está pronto para desfilar nesse inverno e fazer o maior sucesso.
A mesma regra vale para as mini-saias e para os shorts que, por incrível que pareça, vêm muito mais fortes no inverno. Incrementar o visual com cintos largos, usados de lado é uma dica que continua valendo para o inverno, também.
A tendência das calças no inverno será o jeans mais justo, copiando o look do verão: calça com vestido curto.

Acessórios
Quanto aos acessórios, as bolsas enormes, os óculos escuros cada vez maiores e os brincos grandes também continuam. Já os colares serão menos utilizados por causa da quantidade de roupas usadas nas produções de inverno.
Aproveite para garimpar o seu armário, seguir as dicas e pronto, você estará linda e na moda com tendências do verão que continuarão em alta neste inverno.

Dificuldade em conseguir o primeiro emprego é a realidade dos recém-formados em moda


Bruna Amorim
A dificuldade em conseguir o primeiro emprego é o que mais desanima os estudantes; uma realidade que, atualmente, atinge todas as profissões. Quando se opta por uma carreira profissional, desenvolvem-se expectativas e, não apenas em se destacar, mas antes disso, de conseguir ingressar no mercado de trabalho. Apesar de ser uma dificuldade em todas as áreas, o estudante de moda encontra-se em desvantagem. As oportunidades de estágio e, conseqüentemente, as experiências, são raras no Rio de Janeiro. Os recém-formados buscam soluções para essa realidade.

No Brasil
Priscila Gonçalves, formada em dezembro do ano passado pela faculdade SENAI-CETIQT, Rio de Janeiro, afirma que a moda, no Brasil, ainda é muito nova e, o que existiam, eram fábricas de tecidos que buscavam inspirações no exterior. As pessoas que realizam esses trabalhos não são formadas em moda, mas sim, adquiriram a experiência em costura.

Estágio
“A experiência, na área de moda, vale mais do que a formação. As grandes marcas que estão crescendo no Brasil optam por pessoas que já tenham experiência no ramo da costura, e não que tenham a formação universitária”, afirma Priscila. Ainda de acordo com a formada, na tentativa de estágio em duas marcas no Rio, perdeu para uma estudante de administração que tinha conhecimentos de costura.

Alternativas
Apesar da dificuldade, o que Priscila buscou foi cursos e nesse ano irá para Milão fazer um de extensão em moda. “Foi uma solução que eu encontrei. Estudei quatro anos e a parte teórica já tenho. Comecei a trabalhar em loja, desde que formei, para adquirir contatos, mas não se chega muito longe assim. Consegui juntar dinheiro, e vou buscar mais para o meu currículo: passar um ano fazendo um curso em Milão”, e conclui afirmando que, atualmente, estudar no exterior não é um diferencial em moda, mas sim, ter dinheiro para conseguir colocar os planos em ação e adquirir contatos.

Alternativas
Os estudantes buscam alternativas para driblar essa dificuldade. Alguns se juntam e criam sua própria marca, pois está se abrindo espaço para isso. Mas a concorrência é forte, e muitas vezes, a falta de experiência acaba influenciando. É o que afirma RO, ex-estudante de moda que não quis de identificar. Segundo ela, os estágios que fez durante a faculdade ajudaram muito, mas não conseguiu sua efetivação. Com isso, juntou três amigas com o intuito de criar seu próprio negócio.

Mercado de trabalho
“Foi na realidade uma fantasia. Não baste ter a capacidade criativa e o saber organizacional que aprendemos na faculdade. No mercado, a concorrência é forte e a marca que criamos durou, apenas, meio ano. Tive capital para investir, mas se não tem um plano, não há como vencer a grande concorrência”.

Destaque
Apesar de ainda estar crescendo, a moda no Brasil já se destaca. Como exemplo, os estudantes sempre citam a loja Osklen, que lança tendências e, dificilmente, copia roupas ou cortes. A marca está no mundo todo e faz sucesso. Uma outra tendência brasileira, são os biquínis, outra característica muito invejada no exterior.

Experiência
Conseguir o primeiro emprego é difícil, mas muitas marcas estão abrindo seus espaços para os estagiários. O recém-formado já consegue experiência e, com isso, não desanima na hora de correr atrás de sua vida profissional quando se forma. Uma dica que Priscila Gonçalves dá é que se comece a estagiar cedo e dêem preferência à experiência. “Não só para conseguir um emprego, a experiência é a continuação da faculdade. É importante saber colocar na prática o que se aprendeu na faculdade e saber que a dificuldade em conseguir o primeiro emprego é uma realidade para todos. O importante é não desanimar”, conclui.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Coleção outono-inverno chega cedo e ganha as ruas


Julia Werneck
O verão nem acabou e as vitrines já estão todas mudadas. A coleção outono-inverno 2008 chega com força total nas lojas e promete muitas surpresas. Laços, babados e cores neutras se misturam para formar looks femininos e muito charmosos. A inspiração no oriente também fez parte das tendências para esta nova estação.

Peça-Chave
Depois de um verão muito colorido, o preto e o cinza chegam para ficar. E mesmo embaixo do sol forte do Rio de Janeiro, já podemos ver estas cores desfilando nas ruas em meias-calças, cachecóis e grandes casacos. Segundo Fernanda Selling, assistente de estilo de uma marca carioca de acessórios, a meia é uma das peças-chave do inverno. As 7/8 vão compor looks muito interessantes com os mini shorts, muito usados no verão passado.

Japão
- O que inspirou esta coleção foi a moda urbana do Japão a partir das meninas de Harajuku. As peças modernas contrastam com a delicadeza das mais clássicas. Estas meninas são lançadoras de tendências e não tem medo de ousar. – diz Fernanda. A influência do Japão vai estar em detalhes de muitas coleções, seja em costuras, recortes ou estampas.

Estampas
As estampas inspiradas em pele de animais também estarão em alta. Segundo a estudante de moda Letícia Marques, os bichos estão à solta. O xadrez também vai ser onipresente. Hit forte da estação, ele vai estar em todo lugar e será peça curinga nos armários. Os degradês e a mistura de materiais prometem ser um ponto fortíssimo da estação. Os tecidos tecnológicos ganham muito espaço.

Bolsas
As maxi bolsas diminuem um pouco de tamanho, mas continuam grandes. Os sapatos-boneca confirmam o classicismo das tendências. A moda se firma nos anos 20, 30 e 40 e resgata o glamour do "feito à mão" numa forma "ecologicamnete correta". A cintura alta e bem marcada é apenas um exemplo do que veremos.

Pesquisas
Para criar coleções com tantas tendências vindas de fora, o trabalho das estilistas é árduo. Muitas pesquisas e muitas viagens para cidades ícones de moda são feitas para descobrir as tendências e alimentar as coleções. Eles estudam desde comportamento de rua a vitrines de grandes marcas. Pesquisam produtos e buscam a aceitação do público com novas tendências, como afirma a estilista Ana Perucci. Para conferir as novidades, é só sair nas ruas.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Metrossexual ou tecnossexual?

Matéria retirada do site Terra (Agência EFE S/A)
Ser metrossexual não está mais em moda, surge agora um novo conceito para a vaidade antes exclusiva da mulher: o tecnossexual, o homem que continua carregando o lado feminino aflorado na era da metrossexualidade, mas que dá uma especial relevância aos quebra-galhos da avançada tecnologia que utiliza diariamente. Este termo a princípio só pode ser aplicado ao homem, pois a mulher, segundo Montalvo, sempre teve seu próprio estilo e sempre foi capaz de criar seus próprios movimentos.
Características
Entre as caracterísitcas desse novo perfil , está um homem adepto das práticas esportivas, preocupado com sua alimentação e com seu corpo, mas que rejeita o uso de cosméticos e de cirurgias plásticas. Ele prefere usar todo o seu tempo explorando seu laptop, revisando sua agenda eletrônica e instalando em casa ou no carro os mais avançados sistemas de som.
Autor
O autor do revolucionário termo é Ricky Montalvo, um físico e matemático americano amante dos computadores que define o tecnossexual como um ser narcisista e urbano, fascinado pela informática, com um alto nível de vida.
Barreiras
Uma das dificuldades que o tecnossexual encontra é o problema de como carregar de um lado para o outro todos estes aparelhos indispensáveis ao tecnossexual, ou seja, o telefone celular com bluetooth, o reprodutor de música e o computador portátil - entre outros -, é solucionado pelo americano com a aquisição de bolsas da Louis Vuitton criadas exclusivamente para este espécime.
Tecnodiva
No entanto, se fôssemos procurar um par ideal para o tecnossexual, precisaríamos encontrar uma tecnodiva. Uma mulher que, sem nenhum tipo de receio ou dúvida, é capaz de trabalhar com seu computador portátil de um cibercafé, de fazer negócios pelo seu telefone celular com câmara digital acoplada e de fazer compras pela internet quando chega em casa enquanto observa, através da rede, como seu filho brinca na creche. Definitivamente, uma mulher adaptada às ultimas tecnologias.